terça-feira, 24 de março de 2015

Por que incentivar a prática do jazz dance em Urupema?

 Este blog tem o objetivo de divulgar o projeto de extensão “elevando a autoestima das mulheres de Urupema através do jazz dance”. O município de Urupema está localizado na Serra Catarinense e é considerado um dos locais mais frios do Brasil, com temperatura média anual de 14ºC, podendo chegar, no inverno, até 14ºC negativos na relva. O frio, associado à carência de locais próprios para realização de atividades físicas, fazem com que a prática regular de exercício físico seja pouco frequente entre os habitantes daquela cidade. 

Além de melhorar os níveis do colesterol, diminuir o risco de doenças cardíacas, combater o excesso de peso e favorecer o condicionamento físico, a atividade física combate a insônia, alivia o estresse e tem demostrado influência positiva sobre a depressão, cujo diagnóstico é duas vezes maior em mulheres que em homens ( PORCU; ROCHA; VIEIRA, 2007). De acordo com a Secretaria de Saúde de Urupema, esse transtorno de humor também é mais comum entre as mulheres, no município.

O incentivo à valorização da mulher tornou-se um dos Oito Objetivos do Milênio, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Uma das ações sugeridas pela ONU é a promoção de atividades que promovam a melhoria da autoestima feminina. Neste cenário, destaca-se novamente a importância da atividade física, pois ela melhora o grau de satisfação e aceitação de um indivíduo para consigo mesmo (KNIJNIK; SANTOS, 2006). Dentre as atividades recomendadas para mulheres, Goellner destaca a dança, pois ela celebra a feminilidade, é associada a beleza e a sensibilidade e “é na dança e pela dança que mulher vivencia, pela leveza de gestos e movimentos, o exercício de diferentes sensações corpóreas”( 2001, p. 12). 

De acordo com o exposto, o projeto de extensão objetiva promover a autoestima e a prática regular de atividade física entre as mulheres de Urupema, através do jazz dance. Escolheu-se trabalhar com este estilo de dança, oriunda da cultura negra, pois o jazz se caracteriza por ser uma dança que “estabelece uma grande aproximação com aspectos da rotina popular” (MUNDIM, 2005, p. 96). 

O projeto, financiado pelo Programa Institucional de Apoio a Projetos de Extensão do IFSC, é coordenado pela servidora do Câmpus Urupema Camila Koerich Espindola e desenvolvido com o apoio das bolsistas Camila Adenir da Silva e Silvana T. Alves, do curso PROEJA Ensino Médio FIC Informática Básica.


Referências:

GOELLNER, S. V. A educação física e a construção do corpo da mulher: imagens de feminilidade, Florianópolis, n. 16, 2001. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/4966> . Acesso em 12 de dezembro de 2014.

KNIJNIK, J. D.; SANTOS, S. C. Motivos de adesão à prática de atividade física na vida adulta intermediária, São Paulo, v. 5, n. 1, 2006. Disponível em: <http://editorarevistas.mackenzie.br/index.php/remef/article/view/1299> . Acesso em 12 de dezembro de 2014.


MUNDIM, A. C. R. Uma possível história da dança jazz no Brasil, Curitiba, 2005. Disponível: <http://www.embap.pr.gov.br/arquivos/File/anais3/ana_mundim.pdf> em Acesso em 12 de dezembro de 2014.

PORCU, M.; ROCHA, P. G. M.; VIEIRA, J. L. L. A prática de exercícios físicos regulares como terapia complementar ao tratamento de mulheres com depressão, Rio de Janeiro, v. 56, n. 01, 2007. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0047-20852007000100007>. Acesso em 12 de dezembro de 2014.