quarta-feira, 6 de maio de 2015

Você sabe como nasceu o jazz dance?


O jazz dance é uma importante forma de se expressar artisticamente, criada e sustentada pelo improviso. A origem desta dança tem raízes essencialmente populares, podendo-se dizer que nasceu da cultura negra. No início, nas viagens dos navios negreiros da África para os Estados Unidos, os negros que não morriam de doenças eram obrigados a dançar para manterem a saúde. As danças tradicionais dos senhores brancos eram mais polcas, valsas e quadrilhas. Os negros os imitavam para ridicularizá-los, mas dançavam de acordo com a visão que tinham da cultura europeia, misturando um pouco com as danças que conheciam e utilizando instrumentos de sua cultura. Dessa forma, surgiu o jazz, que era uma mistura da imitação dos ritmos europeus com os costumes naturais dos negros.

Em 1740, os tambores foram proibidos no sul dos Estados Unidos para evitar revoltas dos negros. Assim, para executar suas danças, eles foram obrigados a improvisar com outras formas de som, como palmas, sapateados e o banjo. Mais uma vez, a dança dos negros dava um salto, aproximando-se ainda mais com o jazz que nós conhecemos atualmente. No início do século XX, as danças afro-americanas começaram a entrar para os salões. Foi então que o jazz recebeu novas influências, como o Can Can e o Charleston.. Logo, essa dança tomou conta dos palcos da Broadway, em forma de musicais. Entre os musicais inesquecíveis estão: Cats, A Chorus Line, O Fantasma da Ópera e Mamma Mia.

O jazz dance tem características marcantes, como movimentos de partes isoladas do corpo e movimentos angulares, muita energia nos quadris e no tronco – herança da dança africana – trabalho com os pés paralelos, movimentações no solo e muitos princípios herdados do balé clássico e da dança moderna. A prática do jazz nos proporciona inúmeros benefícios: melhora a postura, contribui para o aumento da flexibilidade e alongamento muscular, aumenta a força muscular, desenvolve a coordenação motora e a memorização, favorece a socialização, melhora a autoestima e contribui para um físico saudável e uma mente tranquila.


Referências:
 
BENVEGNUI, M. Reflexões sobre jazz dance: identidade e (trans)formação, São Paulo, 2011. Disponível em <http://www.revistas.usp.br/salapreta/article/view/57465/60454>. Acesso em 30 de maio de 2015.

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